quarta-feira, 30 de novembro de 2011

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Óleo da Chevron vazou para galerias pluviais de Caxias, dizem deputados

Eles estiveram reunidos com o delegado responsável pelas investigações.
Chevron diz que empresa é subcontratada e tem licença do Inea.

Bernardo Tabak Do G1, no Rio
 
 
Parlamentares que integram uma comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre o vazamento da petroleira americana Chevron, afirmaram, na noite desta segunda-feira (28), que a água do mar misturada ao óleo vazou para o sistema de águas pluviais do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo os deputados, o problema ocorreu dentro da empresa de manejo de resíduos industriais Contecom, que fica em Caxias.

“Os policiais federais verificaram que havia um reservatório na empresa, transbordando água com resíduo de óleo. Ao transbordar, vazou para os ralos das águas pluviais de Duque de Caxias”, afirmou o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP), relator da comissão. “Há materialidade para se afirmar isso”, complementou.

Por meio de nota, a Chevron informou que "a Contecom é uma empresa independente subcontratada pela Brasco, com aprovação da Chevron, para disposição final de resíduos, a qual possui licença de operação pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea)".

Funcionária presa
Mais cedo, uma funcionária da Contecom foi presa em flagrante dentro da empresa, em Caxias. “Ela disse ser a responsável técnica da empresa”, afirmou o deputado federal Dr. Aluízio (PV-RJ), presidente da comissão. “Esse é um fato novo e extremamente grave. O óleo já chegou na Baixada Fluminense, em Caxias. O contrato da Chevron com a Contecom para recolher o óleo está sendo praticado sem o menor cuidado ambiental em terra firme”, criticou Chico Alencar (PSOL-RJ), que integra a comissão.
“Essas irregularidades foram flagradas pela polícia. Não há falha geológica ou problema natural que justifique”, afirmou Alencar. “E já existia uma grande quantidade de caminhões-tanque que estavam se dirigindo para a empresa, com mais água contaminada com óleo para ser beneficiada. Só que a empresa não tinha mais onde colocar”, complementou Protógenes. Os três deputados obtiveram as informações após uma reunião com o delegado Fabio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal (Delemaph-PF), na noite desta segunda.
A Contecom seria a responsável por realizar o correto manejo e o beneficiamento da água contaminada com óleo.
O G1 tentou entrar em contato com a Contecom, mas ninguém foi encontrado.

Já a assessoria de comunicação da prefeitura de Duque de Caxias disse que não existe a possibilidade de contaminação de mananciais de água do município e que, se houver alguma contaminação, será em rios que deságuam na Baía de Guanabara.

Inea afirma que Contecom está regular

Mais cedo, um carro do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), deixou o local, mas os técnicos não falaram com a imprensa. De acordo com a assessoia de imprensa do secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, no entanto, o Inea constatou que a Contecom está regular. Em nota,  a Secretaria de Estado do Ambiente informou que os técnicos não encontraram irregularidades e que apoia "integralmente" a ação da PF.
"A Secretaria do Ambiente e o Inea afirmam que se o delegado da Polícia Federal Fábio Scliar encontrou outros tipos de irregularidades, em outros pontos, não há o que contestar", destacou a nota. "Não há em absoluto qualquer contradição entre a SEA/Inea e a Polícia Federal", acrescentou.
Segundo a nota, foram analisadas as licenças da empresa que transportou o óleo, que foi recolhido pela Chevron na região do vazamento, a quantidade de resíduos transportados, a operação de separação do óleo e o armazenamento do óleo recolhido.
Inquéritos
O Ministério Público Federal (MPF) em Macaé (RJ) abriu nesta segunda-feira mais três inquéritos para investigar as condições e consequências do vazamento de petróleo no Campo do Frade.
Dois dos inquéritos buscam avaliar se houve omissão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na elaboração dos planos regionais e nacional de contingência e na fiscalização. A investigação quer apurar ainda se Agência Nacional de Petróleo (ANP) também falhou no controle da atividade das empresas petroleiras.
A empresa norte-americana Chevron informou, por meio de sua assessoria, que ainda não foi notificada da abertura do inquérito, mas ressaltou que "respeita as leis e cumpre as normas do país onde opera".
O G1 procurou também Ibama e ANP, que não responderam até a última atualização desta reportagem.
Atividade de pesca
Outra frente de investigações quer apurar quais serão os impactos do vazamento de óleo para a atividade de pesca e para a economia dos municípios de Macaé, Casimiro de Abreu, Carapebus e Rio das Ostras.
"Incidentes como esse dão impulso a discussões sobre os riscos da atividade de exploração de petróleo. É importante que os órgãos competentes efetivamente fiscalizem se as empresas operam dentro dos níveis de risco tolerados pelas licenças e normas ambientais," disse o procurador da República responsável pelos inquéritos, Flávio de Carvalho Reis.
A Chevron já é investigada em um inquérito aberto pelo MPF em Campos (RJ) que pretende apurar a responsabilidade pelo vazamento. O depoimento do presidente da empresa no Brasil, George Buck, está marcado para o dia 7 de dezembro.
Para começar as investigações, o MPF pediu à Marinha, à ANP e ao Ibama o envio de cópias de todos os relatórios técnicos relacionados ao acidente ambiental e esclarecimentos quanto aos impactos do vazamento na pesca da região.
Suspensão da perfuração
Na quarta-feira passada (23) a diretoria da ANP decidiu suspender as atividades de perfuração no Campo de Frade "até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área".
Apenas a Chevron opera no Campo de Frade, onde no último dia 8 foi identificado vazamento em um poço de extração de petróleo. A empresa não tem atividade em outros campos.
Em audiência pública na Câmara dos Deputados na semana passada, o presidente da Chevron no Brasil, George Buck, pediu "desculpas" aos brasileiros e ao governo pelo vazamento no Campo de Frade. Ele disse que a empresa norte-americana foi eficiente em conter o vazamento de petróleo.
Também na quarta, a diretoria da ANP rejeitou pedido da Chevron para perfurar novo poço no campo para atingir a camada pré-sal. De acordo com a agência, “a perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade."
Arte Vazamento Chevron Rio (Foto: Arte/G1)
 

ANIVERSARIANTES DO DIA

RADIR
JULHINHA
RUBINEIDE NOGUEIRA ( NENEN )
EVALDO VIEIRA
LETÍCIA
BENEDITA
VANÚBIA
SABRINA DEISE
ANAIZA
CHICO DE RITA DE ASSIS
AIANE VITÓRIA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ANIVERSARIANTES DO DIA

EDNALVA
SABINO
IRA MAIA
GERALDO DO POÇO DA ONÇA
JANILDA
IVONE

Juju Salimeni mostra a barriguinha sarada em revista de luta

A loira abusou das caras e bocas para o ensaio.

Do EGO, em São Paulo
 
 
Com luvas e barriguinha de fora, Juju Salimeni posou sexy para um ensaio em clima de luta para a revista "UFC". Sempre requisitada para fazer presença VIP em lutas de MMA pelo Brasil, a loira adorou o ensaio.
“Realizei um sonho ao fazer esse ensaio, para toda a equipe da revista 'UFC', adoro Lutas de MMA", disse em entrevista a publicação.

Juliana Salimeni (Foto: Divulgação)Juliana Salimeni (Foto: Divulgação)
Juliana Salimeni (Foto: Divulgação)Juliana Salimeni (Foto: Divulgação

Poluição do meio ambiente

Poluição do meio ambiente
A poluição está cada vez maior com os carros e indústrias, que estão sendo construídas por ai. A poluição é causada pelo homem, assim, existindo vários tipos de poluição. As poluições são
- Poluição atmosférica: é a contaminação por gases, partículas solidas, liquidas em suspensão, material biológico ou energia. Esses, podem provocar danos a saúde e ao ecossistema,
- Poluição hídrica: é a poluição da água. É a contaminação de água que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos e plantas. O resultado é a água poluída.
- Poluição do solo: provocam danos a crosta terrestre, causando danos direta ou indiretamente a vida humana e ao meio ambiente. Consistem em elementos químicos estranhos no solo, como os resíduos sólidos ou efluentes liquidos
- Poluição sonora: é provocada pela difusão do som num tom demasiado alto, sendo muito acima do tolerável pelos organismos vivos no ambiente, mas dependendo de sua intensidade, causa danos nos seres humanos.
- Poluição térmica: é o aquecimento das águas naturais pela introdução da água quente utilizada na refrigeração de centrais elétricos, usinas, refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas.
- Poluição Luminosa: poluição ocasionada pela Luz excessiva ou obstrutiva criada por pessoas. Essa poluição interfere nos ecossistemas, causam efeitos negativos á saúde, ilumina a atmosfera das cidades, reduzindo a visibilidade das estrelas e interfere na observação astronômica.
- Poluição visual: é o excesso de elementos ligados comunicação visual (cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc.) dispostos no ambiente das cidades, especialmente aos centros.

Poluição da agua e os impactos no meio ambiente

poluicao-da-agua-no-meio-ambiente.jpg
A poluição é um dos principais problemas que afeta o meio ambiente, ela interfere na qualidade de vida de todos os seres vivos. O principal responsável por isso é o homem, que aderiu ao processo de desenvolvimento sem levar em conta que a emissão de poluentes pode causar a degradação do meio ambiente.
A poluição da água é um fator preocupante para os especialistas, desde o período da Revolução Industrial as fábricas costumam depositar lixo nos rios e comprometer assim os seres vivos que tem como habitat esse ambiente aquático. As substâncias químicas são tóxicas e causam a morte de muitos animais.
O ato de poluir as águas também está relacionado às precárias condições de saneamento básico de algumas cidades, onde o esgoto é depositado nos rios sem receber o devido tratamento. As organizações ambientais buscam soluções para os problemas hídricos e se mostram preocupadas com a escassez da água.

Preservação do meio ambiente

Preservação do meio ambiente
O meio ambiente nada mais é que tudo o que nos engloba. Florestas, cidades, vales, enfim. E é composto por seres vivos de diversas espécies e tamanhos. Nós seres humanos somos os principais responsáveis por tudo, pois somos animais racionais.
Sendo assim seria lógico um meio ambiente perfeito, sem destruição onde todos vivem em harmonia. Mas não é isso que ocorre. Muitas pessoas destroem e não respeitam o mei ambiente. Queimadas e desmatamento acabam com enormes florestas.
Para um futuro bom, todos nós devemos preservar o meio ambiente. Desde o espaço físico aos recursos naturais tão preciosos como a água. Não desperdice água, jogue lixo no lixo e se conscientize que todos somos responsáveis pelo futuro do meio ambiente.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ANIVERSARIANTES DO DIA

GENIVAN DE CHICÁ
FRANCISCO SERGIO (ALTO DA PAZ)
RAFAELA
FRANSQUINHA
DANIEL E DANIELE
VERA LÚCIA TATÁ MAIA
PIÊTRO
GLÊDSON
VINÍCIUS

TIM UMA OPERADORA COM PROPAGANDA ENGANOSA

Já ouvimos falar muito em propaganda enganosa, mais igual a da TIM não existe. pagamos planos de R$ 32,00, 27,00 e outros, mas isso é uma vergonha.
Dificilmente completamos uma ligação e quando conseguimos cai antes do primeiro minuto, a tim está querendo fazer os clientes de palhaços, tá na hora do ministério público exigir desta empresa que cumpram o que eles prometem nos planos.
Quem tem plano pré- pago na tim, está no prejuízo a muito tempo, e quem não tem também sofre com este desrespeito .
Aqui em Jardim de Piranhas  o caso é sério, e o pior é que as outrs operadoras não investem aqui.

Fonte: Diassis Silva

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

ANIVERSARIANTES DO DIA

DAVI
WILLY
DONA IRACEMA
LENA PEREIRA
FABRÍCIA
BERG
WISLANE
MARLI
MARIA LUIZA
LUCINEIDE
JOSENILDO
DILMA DE GILVAN




ANIMAIS EM EXTINÇÃO NO BRASIL, ALGUNS DELES.





vídeos

Natal, 24 de Novembro de 2011 | Atualizado às 13:43

O Ibama do RN deflagrou esta semana a operação Costa Verde 1

O Ibama do Rio Grande do Norte deflagrou esta semana a operação Costa Verde 1, que tem com objetivo identificar as construções irregulares ao longo do litoral potiguar e notificar os proprietários, aplicando multas, embargando obras e solicitando até mesmo a demolição dos imóveis. Reportagem: Alex Régis

Especialistas avaliam métodos para conter vazamento de óleo no Rio

Suspeita de procedimento ilegal na Bacia de Campos foi levantada por Minc.
Chevron nega que tenha usado técnica para afundar petróleo.

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo
 
 
A ANP divulgou uma foto aérea, feita na segunda-feira (21), da mancha de óleo no Campo do Frade (Foto: Divulgação/ANP)ANP divulgou foto aérea, feita na segunda (21), da
mancha de óleo no Campo de Frade
(Foto: Divulgação/ANP)
O óleo que vaza no Campo de Frade, na Bacia de Campos, desde o último dia 8 de novembro, está sendo retirado do mar através de uma técnica conhecida como dispersão mecânica, em que jatos de água são usados para quebrar a mancha em pequenos pedaços e facilitar a diluição e absorção do produto pelo oceano. Essa operação de limpeza foi alvo de uma polêmica que envolveu a empresa norte-americana Chevron e o governo do Rio de Janeiro.
Na última sexta-feira (18), o secretário de Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, sobrevoou a área do vazamento e acusou a Chevron de utilizar uma técnica chamada jateamento de areia para dispersar o óleo. A prática foi negada pela companhia norte-americana, que informou utilizar a dispersão mecânica para limpar o mar. A questão é investigada pela Polícia Federal, pois a técnica infringe a legislação ambiental brasileira.
O G1 ouviu especialistas que explicam a viabilidade das técnicas que podem ser usadas para eliminar a mancha de petróleo, que está a 120 km de distância do litoral fluminense. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), nesta terça-feira (22), a mancha tinha área de 2 km² e extensão de 6 km.
Editoria de Arte/G1 (Foto: Editoria de Arte/G1)
No jateamento de areia, jatos de areia seriam lançados sobre a mancha de óleo, deixando-a pesada, o que causaria seu desaparecimento da superfície e afundamento do produto. Steve Lehmann, coordenador de apoio científico do programa de resposta a emergências da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), que trabalhou na contenção do vazamento do Golfo do México, em 2010, explicou que, tecnicamente, é possível usar areia ou outros materiais para afundar o petróleo. No entanto, ele alega que isso não é permitido nos Estados Unidos por causa do dano ambiental que pode causar no fundo do mar.
“Nenhum produto que afunde o óleo é legal”, explica. O especialista ressalva que não está a par do caso brasileiro, mas duvida que areia tenha sido usada, já que se trata de prática condenável. “Já trabalhei com a Chevron e me surpreenderia se fizessem algo assim”, observou.
Carlos Eduardo Strauch, analista do serviço de operações de emergências ambientais do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão ambiental do Rio de Janeiro, garante que esta técnica não é empregada na limpeza de vazamentos de petróleo no Brasil.
Contenção e dispersão da mancha
Strauch detalha alguns procedimentos empregados no país em casos de vazamentos de óleo, como a contenção, a dispersão mecânica e a dispersão química para limpeza. “A contenção possibilita o recolhimento do óleo concentrado. Dois barcos esticam barreiras (boias) que cercam a mancha, recolhida posteriormente por um equipamento chamado skimmer”, disse.
Há ainda a dispersão química, quando produtos que reagem com a mancha são lançados em cima do óleo, deixando-o com mais chances de dissolução no mar.
Já a dispersão mecânica, técnica que segundo a Chevron é empregada na limpeza na região do Campo de Frade, pode ser dividida de duas formas. “Há a dispersão feita por barcos, quando eles navegam pela mancha para que ela se quebre, e aquela que utiliza jatos de água para quebrar a concentração, também chamado de hidrojateamento”, explica.
Segundo o oceanógrafo David Zee, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o hidrojateamento tem sido realizado na Bacia de Campos. O especialista foi escolhido pela Polícia Federal como perito para analisar o que provocou o acidente e os procedimentos da Chevron para limpeza do vazamento. Ele afirma que o lançamento de água contribui para que a mancha dilua e seja absorvida mais facilmente pelo oceano. “Se não ocorrer mais vazamentos, essa mancha poderia desaparecer em até sete dias”, disse.
Porém, para o secretário Carlos Minc, o óleo que afundaria naturalmente poderia “empelotar” e atingir a costa. “Os nossos técnicos e os do Instituo Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) me informaram que mais de dois terços de todo óleo ainda não afloraram, e estão abaixo, na coluna d'água”, explicou. “Isso vai acabar empelotando e essas ‘bolas de piche’ vão aparecer nas praias de Arraial do Cabo, de Angra dos Reis, de Ubatuba. Isso pode acontecer daqui a duas semanas, ou daqui a um mês”, disse o secretário.
Vazamento ocorreu em campo operado pela companhia norte-americana Chevron (Foto: Divulgação Governo do Rio/AP)Imagem do dia 18 de novembro mostra óleo na
Bacia de Campos
(Foto: Divulgação/ Governo do Rio/AP)
Especialistas do Inea afirmam que a chegada do óleo dependerá das condições climáticas, que, neste momento, estão colaborando, já que o vento está soprando para leste, na direção oposta à da costa brasileira.
Queima controlada e fios de cabelo
Outra técnica para conter vazamentos é a queima controlada do óleo. Segundo Ricardo Cabral de Azevedo, professor de Engenharia de Minas e Petróleo da Universidade de São Paulo (USP), a metodologia consiste em eliminar grandes quantidades de petróleo de maneira rápida. "Mas a principal desvantagem é o impacto ambiental, com liberação de gases na atmosfera, aquecimento da água, com danos à vida marinha próxima e riscos de acidentes".
O especialista da NOAA, Steve Lehmann, conta que durante o vazamento do Golfo do México, após a explosão da plataforma operada pela British Petroleum, a queima só foi possível para o óleo que chegava recentemente à superfície e que fosse concentrado. “Se a camada de óleo no mar está muito fina, não dá para manter a chama acesa”, explica. “Queimar óleo no mar é muito difícil, mas é muito efetivo”, acrescenta.
Ainda durante o episódio, considerado o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos, a gravidade da “maré negra” na costa do país foi tamanha que uma organização não-governamental divulgou que a utilização de fios de cabelo contribuiria para reduzir a mancha de óleo no oceano. O governo americano não aderiu à sugestão.
“Este material poderia ser colocado no mar para ajudar a coletar e absorver parte do óleo. Isso já teria sido usado antes, em vazamentos menores. Houve inclusive uma campanha para doação de cabelo, pêlos de animais e similares, organizada por uma entidade sem fins lucrativos”, disse Azevedo.
Mas, segundo o professor, engenheiros concluíram que a prática não era viável pois poderia aumentar a quantidade de detritos no mar. “Acredito que nenhum cabelo chegou a ser utilizado nesse caso. Quanto ao vazamento brasileiro, creio que esta opção não chegou a ser cogitada”, explicou.
Arte Vazamento Chevron Rio (Foto: Arte/G1)
 

ANIVERSARIANTES DO DIA 23 de 11 de 2011

ITAMAR
FRANCINEIDE
FITINHA
WALLISSON
BRUNO
ROBERTO
GLEISSON RÉGIS
VITÔR
MARIA DALUZ

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Impunidade e falta de preparo facilitam tráfico de animais

Papagaios-verdadeiros apreendidos na maior apreensão contra o tráfico de aves realizada no Sertão de Pernambuco. Foto: Assessoria de Comunicação/IBAMA-PE

“Falta inteligência policial na repressão ao tráfico de animais”, adverte o Marcelo Pavlenco Rocha, presidente da SOS Fauna, uma entidade com 22 anos de atividade no combate a esse crime que troca a biodiversidade de todos por uns trocados a poucos. A crítica que faz ao planejamento das ações é simples: os policiais deveriam considerar a época e os locais onde a captura de animais é mais frequente, para então criar plantões de fiscalização nas estradas que ligam a região fornecedora à região consumidora, os grandes centros urbanos, em especial as feiras de passarinhos ou “feira do rolo”, onde esse comércio ilegal é comum.

A elaboração de estratégias com apoio de biólogos, ornitólogos e outros conhecedores dos ciclos dos animais visados serviria para potencializar o trabalho dos poucos fiscais e policiais especializados no combate ao tráfico da natureza.

Nas universidades, pessoas que defendem esse tipo de tática. O professor Enrico Bernard, do departamento de Zoologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), orientador de pesquisas sobre o comércio ilegal de aves, confirma que é possível se determinar a região de onde os animais são capturados e também a época do ano em que as ocorrências são maiores. “Esse mapeamento é possível e outros artifícios jurídicos podem ser usados, como a delação premiada”, propõe Enrico Bernard.


O recurso que oferece a um indiciado a chance de reduzir sua pena a partir da sua colaboração nas investigações deixa visível outro problema que o professor Enrico e Marcelo Rocha conhecem: a classificação dos crimes ambientais entre os de menor potencial ofensivo. “Esse recurso é praticamente um estímulo aos criminosos”, critica o presidente do SOS Fauna. Com penas leves, o interesse pela delação é baixo.

Grades, contentores, gaiolas apertadas aprisionam aves que são retiradas da natureza por criminosos que não são reprimidos pela legislação branda. Foto: Assessoria de Comunicação/IBAMA-PE

Marcelo Rocha conta que antes de 1998, estava em vigor a lei federal 5.197 (de 1967) em relação aos crimes contra nossa fauna. A lei punia de maneira rígida, com penas de reclusão e a classificação de crimes inafiançáveis. “Os casos de tráfico de animais somavam 700 apreensões”, aponta. A partir de 1998, com a chegada da lei número 9.605, as penas ficaram mais brandas, esses crimes são considerados de menor poder ofensivo. As apreensões começaram a somar 1.500. “A legislação mudou e a quantidade de crimes dobrou”, resume. Em julho, nova alteração no Código de Processo Penal: os crimes com pena prevista inferior a quatro anos dariam ao réu, sob fiança, o direito de responder aos mesmos em liberdade.

O professor Enrico Bernard considera o tráfico o sumidouro da biodiversidade nacional. “Em uma pesquisa, estimamos que até 52 mil animais podem ser comercializados em apenas 8 feiras em um ano. E fomos conservadores. Pegue estas estimativas e multiplique pelo número de feiras de bichos que existem pelo Brasil e você vai ter uma idéia do tamanho do estrago”, alerta. “O estrago está sendo subdimensionado”.

Sem impunidade

Captura de animais silvestres na natureza envolve muitas pessoas e caracteriza outro crime, a formação de quadrilha. Foto: Assessoria de Comunicação/IBAMA-PE

Novamente, a utilização da inteligência na investigação e a responsabilização do criminoso seriam, segundo Marcelo Rocha, a melhor forma para se combater o crime de tráfico de animais. “Se retirar filhotes de papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) do seu ninho é um ‘crime menor’ para o judiciário, a formação de quadrilha continua com a pena de reclusão de 1 a 3 anos”, pondera.

Ele conta que, em parceria do SOS Fauna com agentes da Polícia Federal, um criminoso conhecido foi detido, mas não foi mantido preso. Ao contrário: os policiais conseguiram autorização para se fazer escuta das ligações do celular do suspeito para se localizar os outros envolvidos no transporte dos bichos. Em um segundo momento, todos foram presos por tráfico de animais e, principalmente, formação de quadrilha. “A pena é maior e eles não saem da delegacia para voltar a traficar com tanta pressa”, prega.

Marcelo Rocha conta casos de suspeito detido com grande quantidade de aves nativas, que perde a carga, perde o automóvel que utilizava, mas ganha a liberdade depois de indiciado na delegacia. “Na semana seguinte, em nova operação, o mesmo suspeito foi preso com nova carga”.

Nesses casos, a major Erika Melcop, comandante da Companhia Independente de Policiamento ao Meio Ambiente (Cipoma) da Polícia Militar de Pernambuco, recomenda o rigor da multa. “Um recurso válido para punir, administrativamente, o criminoso”, diz.

Apreensão de papagaios

Operação do Cipoma e Ibama em Pernambuco apreendeu papagaios-verdadeiro, papagaios-galego e maritacas somando 517 animais retirados das mãos dos traficantes. Foto: Assessoria de Comunicação/IBAMA-PE

Nos meses de setembro e outubro, o Cipoma e o Ibama em Pernambuco foram responsáveis por uma das maiores apreensões de filhotes de papagaio-verdadeiro, papagaio-galegos e maritacas já realizadas, quando foram descobertos em Petrolina, sertão do São Francisco, 517 animais sendo transportados em caixas de papelão, gaiolas e até caixas de ketchup. A major Erika Melcop disse que os suspeitos que respondiam pela carga vão ter de pagar de R$ 400 a R$ 7 mil por cada animal ou filhote (a se considerar o valor mínimo, um total de R$ 206 mil). “Eles cometeram várias ilegalidades nesse caso, porque até violar um ninho já é considerado crime”.

As centenas de filhotes foram retiradas do comércio negro e levadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) criaram uma dificuldade: como alimentar tantos filhotes, ao menos três vezes ao dia? O Ibama fez uma convocação pública por voluntários e a resposta foi rápida: cerca de cem pessoas se apresentaram para auxiliar na tarefa.

A reunião de voluntários em benefício de animais roubados da natureza é prática frequentemente adotada pelo SOS Fauna. Eles deram apoio ao Ibama em Pernambuco e, em outra grande operação, vão levar para o Mato Grosso do Sul várias papagaios apreendidos e colocados sob os cuidados da ONG.

A apreensão da carga feita em Pernambuco revela outro aspecto preocupante, conta Marcelo Rocha: “As aves estão sendo capturadas na fase de nascimento do papagaio-verdadeiro”. No levantamento foi pelo SOS Fauna, 1.369 filhotes desta espécie foram identificados em sete apreensões. “Em duas dessas ações, as aves estavam com as mesmas pessoas em um período menor que 15 dias”.

A bióloga Juliana Machado Ferreira, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP) disse que nessas apreensões foram encontradas apenas espécies com menos de 10 dias de vida. As aves estão entre os animais mais apreendidos, de acordo com os dados do Cetas em Pernambuco. Em 2010, foram retirados da natureza 5.843 animais. Destes, 5 mil eram aves. De janeiro até o início de outubro, 5.072 animais ingressaram no Cetas, sendo 4.478 aves.

Estrada do Colono, tesoura que parte Iguaçu pela metade


Onça atropelada na BR-469, que leva os turistas às Cataratas do Parque Nacional do Iguaçu. Estimativas eram de que, em abril de 2009, existiam cerca de dez indivíduos na unidade. Será que precisamos de mais uma estrada? (Foto: Acervo/Parque Nacional do Iguaçu)

Nunca poderíamos imaginar que o Parque Nacional mais famoso, melhor manejado e mais visitado do Brasil, com um milhão de turistas por ano, proposto por Santos Dumont em 1919 e o segundo criado no país em 1939, fosse novamente estar ameaçado. Mas estávamos equivocados.  O Projeto de Lei 7.123/2010 do deputado Assis do Couto (PT-PR), propõe a reabertura da Estrada do Colono, que corta ao meio o Parque Nacional do Iguaçu e põe em risco a pequena ilha de mata já perdida num oceano de atividades agropecuárias intensivas. Se essa estrada for reaberta é provável que centenas de animais morram atropelados a cada ano. Além disso, a UNESCO pode retirar o Parque da lista de Patrimônio Mundial Natural.

A “Estrada do Colono”, conforme ficou conhecida, é um antigo caminho que foi precariamente transformado em estrada por volta de 1950 e que operou até os anos 1980. O IBDF, então responsável pelo Parque, sempre considerou que essa estrada era um risco grande demais para o Parque e procurou por anos seu fechamento, levando em conta que apesar de estar num parque nacional, o uso da estrada facilitava a caça predatória, a extração ilegal de madeira e, em especial, a destruição dos palmitais. Além disso, a estrada interrompia a movimentação da fauna e aumentava o risco de incêndios florestais. Finalmente, em 1986, o Ministério Público Federal obteve o fechamento da Estrada do Colono.


Mapa da região do Parque Nacional do Iguaçu. Clique nos ícones azuis para ver mais informações.

Desde então, a comunidade local promoveu invasões para reabri-la. As mais importantes invasões foram em 1997 e em 2001 e, em cada caso, a força pública restabeleceu a ordem.  A última reabertura da estrada ocorreu há poucos anos quando mais de 250 pessoas, bem articuladas e organizadas, ocuparam a área que já estava praticamente retomada pela vegetação. Entraram com tratores, derrubaram a vegetação e destruíram a guarita do IBAMA. O Instituto conseguiu na justiça reaver a posse da área e montou uma operação com 300 homens da Polícia Federal para retomar o controle do Parque. A situação foi normalizada uma semana depois com a retirada dos invasores, que resultou, outra vez, no fechamento da estrada. Com essa operação, o IBAMA conseguiu garantir a integridade do Parque do Iguaçu e evitar a iminente perda do título de Patrimônio Natural Mundial concedido pela UNESCO.

A Estrada

"Os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul transformaram, na década passada, as suas transpantaneiras em Estradas Parque (...) As duas são apenas estradas em péssimo estado de conservação e sem nenhuma atividade ou ação de conservação da natureza. (...) São uma vergonha e não exemplos."
A “Estrada do Colono” pode ser considerada como o primeiro trecho de 17,6 km da Rodovia PR-495, que une Serranópolis do Iguaçu, na divisa norte do Parque Nacional à localidade de Iguiporã em Marechal Cândido Rondon. Sem ela, a distância rodoviária entre as cidades de Medianeira e Capanema aumenta de 58 km para mais de 170 km (utilizando-se as rodovias BR-277, PR-182 e PR-582). Para propiciar alternativas de desenvolvimento à região de Capanema, o Governo do Paraná inaugurou, em 1994, a Ponte Internacional sobre o rio Santo Antônio, uma ligação rodoviária com a Argentina, o que encurta significativamente a viagem. Mas os habitantes da região continuaram reclamando a reabertura da antiga estrada.  

A sentença da juíza federal Pepita Durski Tramontini Mazini, que em 2007 declarou a última invasão ilegal é, em teoria, o ponto final da polêmica que se arrastou por 21 anos. Para inibir novas tentativas de ocupações, a juíza fixou “multa diária de R$10 mil para cada município incentivador de uma eventual nova invasão da Estrada do Colono” e determinou que a população local respeitasse a sentença da ação pública, que foi movida pelo Ministério Público Federal. Ao IBAMA, hoje ICMBio, a juíza determinou a elaboração de plano de recuperação da área degradada pela Estrada do Colono a ser apresentado em 120 dias após o trânsito em julgado da ação civil. Apesar desta sentença, o deputado Assis do Couto, insiste agora no Congresso na reabertura da estrada.


Cataratas do Iguaçu (Foto: Marcos Sá Corrêa)

O Projeto de Lei do deputado pretende dourar a pílula ao propor a criação de uma “Estrada Parque” e, como era de se esperar, pretende garantir sua conformidade com todas as medidas de proteção ao ambiente imagináveis, inclusive estudo de impacto ambiental, passagens especiais para animais, registro de veículos e limites de velocidade. Indica até que a estrada seria de uso exclusivo para veículos de passeio e camionetes ou veículos turísticos. Insiste na importância da estrada para o turismo rural e muitos outros aspectos que são, corretamente, aplicáveis a “Estradas Parque”. Na verdade, o deputado Assis do Couto fez um bom trabalho de revisão do que é ou deve ser uma Estrada Parque. No entanto, a categoria nem existe na legislação federal.

"É evidente, evidentíssimo para quem não pretenda ser cego, que os agricultores dos arredores do Parque não querem a estrada para passear aos domingos. Eles querem a estrada para transportar seus produtos."
Fora a infração da lei, a realidade de operação de uma Estrada Parque é complexa. Um aspecto é referente à capacidade do governo, ou do ICMBio para implementar e aplicar as regras de uso. Por exemplo, os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul transformaram, na década passada, as suas transpantaneiras em Estradas Parque. Porém, elas só existem no papel. Há poucas semanas tive pessoalmente a ocasião de visitá-las. As duas são apenas estradas em péssimo estado de conservação e sem nenhuma atividade ou ação de conservação da natureza. Não vi nenhum guarda-parque nelas. São uma vergonha e não exemplos como diz, nas suas considerações, o deputado Assis do Couto.

Estradas Parque

As Estradas Parque são fragrantemente contra a legislação que dispõe sobre Parques Nacionais, a conhecida Lei do SNUC de 2000. De outra parte, o problema é que esse tipo de via, por definição técnica e por simples lógica, não pode ser estabelecido dentro de um parque nacional ou dentro de qualquer outra unidade de conservação. No caso do Parque Nacional do Iguaçu, o efeito de reabrir a Estrado do Colono como Estrada Parque seria dramático. Automaticamente ele ficaria dividido em duas metades. Ainda a Constituição de 2008 também proíbe em seu artigo 225 que se transforme parte ou a totalidade de uma unidade de conservação mais restrita em uma menos restrita, o que seria o caso se existisse a categoria Estrada Parque no país. Mas, como dito, não existe.


Periquitos no Parque Nacional do Iguaçu. (Foto: Marcos Sá Corrêa)

Seria bom que existisse a categoria Estrada Parque. Mas onde elas existem são uma categoria per se de unidade de conservação, que demanda uma área de influência ao seu redor. Nos parques dos países onde a lei é respeitada existem estradas asfaltadas para o acesso sem ocasionar grandes problemas ao ecossistema. Por elas podem circular os vizinhos, além dos visitantes. No entanto, ninguém abusa da velocidade, ninguém caça os animais nem coleta palmito ou entra na mata para tirar madeira nobre. Nelas não se estabelecem vendedores de refrigerantes e borracharias clandestinas nem tampouco circulam caminhões carregados de soja ou de contrabando. O que se quer dizer com isso é que fazer uma estrada dentro do Parque Nacional do Iguaçu, nas condições atuais seria um desastre para o Parque e para a única floresta preservada de tamanho razoável que ainda sobrevive no sul do país.  Pior ainda. É evidente, evidentíssimo para quem não pretenda ser cego, que os agricultores dos arredores do Parque não querem a estrada para passear aos domingos. Eles querem a estrada para transportar seus produtos. Isso significa que apenas construída a estrada, eles obterão progressivamente o direito de usá-la do modo que lhes melhor convier. Alguém duvida disso?


Depoimentos na Câmara

Em outubro, na Comissão da Câmara dos deputados onde se discute o Projeto de Lei, muitas vozes foram ouvidas, tanto a favor como contra o estabelecimento dentro de um Parque Nacional de outra categoria de manejo que a legislação em vigor sequer prevê. Os argumentos contrários foram bem colocados como, por exemplo, os do especialista em gestão ambiental André Alliana, representando a ADEAFI – Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu. Em seu depoimento, disse:

"O caso da rodovia BR 471 (...) também foi apresentado. O chefe da Estação, Henrique Horn Ilha mostrou que só no último ano foram atropelados e mortos 743 animais, uma média de dois por dia, sendo 69% de mamíferos, 19% de répteis e 12% de aves. Desses, 423 eram capivaras, mas havia também lontras e outras espécies ameaçadas de extinção."

“Em 1986 a estrada foi fechada. Estudos realizados posteriormente mostraram a importância dessa área para a circulação da fauna. Estudos mais recentes mostram que, numa área natural, é necessário um mínimo de 2 km para amortizar o efeito externo. Aplicando-se este princípio, pode-se observar que o impacto de uma estrada de 18 km no Parque Nacional do Iguaçu acarreta na realidade uma perda de área protegida na ordem de 72 Km² (7.200 ha) o que representa cerca de 4% da área do parque. Ou seja, não se trata apenas de uma estrada e sim da perda de quase 5% do Parque Nacional do Iguaçu. Vale destacar que toda a área de uso turístico, frequentada por cerca de um milhão de pessoas por ano equivale a, aproximadamente, 5% da área total do parque. Ou seja, a Estrada do Colono, que atendia apenas a um pequeno grupo de pessoas, acarretava o mesmo grau de impacto de toda a área de visitação às cataratas.” E continuou, ampliando os efeitos negativos: “a fragmentação do parque em duas partes com a estrada criará mais situações negativas ao meio ambiente”.

Outra importante voz foi a de Rômulo Mello, presidente do ICMBio, que afirmou:
“É óbvio que não cabe construir essa estrada. Qualquer técnico perguntado sobre isso vai dizer que não. O parque é o segundo criado no Brasil, tem uma importância muito grande, protege 180 mil hectares de Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados”.

Além disso, destacou que o Iguaçu é uma referência internacional, um modelo de gestão que serve de parâmetro para todos os outros parques nacionais administrados pelo ICMBio.
“É tudo o que queremos fazer em outras unidades. Portanto, cabe a nós, gestores, garantir a integridade do parque”.

Mello chegou a admitir a possibilidade de a UNESCO retirar o título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido ao Iguaçu em 1986, caso essa integridade seja posta em risco.

“E não tenho dúvidas de que construir uma estrada naquele local seria um grande risco para a proteção do parque”. Agregou “Todas as propostas apresentadas até agora são ruins para a conservação, são contrárias ao que está previsto no Plano de Manejo do parque. Não há como negociar. Nesse caso, não temos alternativa que não manter a integridade do parque”.
O professor Alex Bager também se posicionou contra a construção da estrada-parque no Iguaçu. Para ele, os impactos de uma rodovia numa unidade de conservação não se limitam apenas a atropelamentos de animais, como normalmente se costuma mostrar. Nas suas palavras,

“Estudos comprovam que o impacto se dá num raio de dois quilômetros a partir da margem da rodovia, tanto para um lado como para o outro. Além de afetar fauna e flora, a estrada influi na hidrologia, causa assoreamento dos rios, poluição por lixo e metais pesados, resultantes de acidentes, facilita a invasão de espécies exóticas, que surgem com os grãos caídos das cargas dos caminhões, e ainda incêndios, provocados por motoristas descuidados que soltam pontas de cigarro”, listou. Depois de afirmar que atua há 30 anos na área, Bager disse nunca ter visto um exemplo de rodovia que melhorasse a gestão de unidades de conservação. Ele contestou com veemência as duas principais justificativas apresentadas no projeto de lei para a construção da estrada-parque no Iguaçu – interpretação ambiental e desenvolvimento sustentável da região. “Esses dois pontos são, no mínimo, questionáveis”.

O caso da rodovia BR 471, construída nos anos 1970 e que corta 17 quilômetros da Estação Ecológica do Taim, no Rio Grande do Sul, também foi apresentado. O chefe da Estação, Henrique Horn Ilha, mostrou que só no último ano, foram atropelados e mortos 743 animais, uma média de dois por dia, sendo 69% de mamíferos, 19% de répteis e 12% de aves. Desses, 423 eram capivaras, mas havia também lontras e outras espécies ameaçadas de extinção, ou seja, uma perda irreparável para a biodiversidade. Além desses estragos, segundo Ilha, a estrada produz outros efeitos danosos ao meio ambiente, como a fragmentação dos banhados (ecossistema protegido pela reserva), perturbação e alteração dos habitats da fauna e flora, dá acesso a pescadores e caçadores ilegais, acúmulo de lixo e incêndios na vegetação.


Borboleta encontrada no parque (Foto: Marcos Sá Corrêa)
Foi lembrado que manter a estrada fechada é essencial para a manutenção do Parque Nacional do Iguaçu, na lista do Patrimônio Mundial Natural da UNESCO. Em 1999 a UNESCO degradou o Parque, inscrevendo-o na lista de Patrimônio em Perigo, em razão da reabertura da Estrada do Colono. Somente em 2001, com o fechamento definitivo da Estrada, o Parque foi retirado da lista. Outros lembraram que o Parque acaba de ser selecionado para a etapa final do concurso que vai eleger as Sete Maravilhas da Natureza e que, obviamente, o risco que essa estrada implica o tiraria da lista.

Perigo de Retrocesso

O Parque Nacional já sobreviveu a muitas ameaças. Na década dos anos 1970 ainda tinha duas empresas rurais e 500 famílias de posseiros e pequenos proprietários, que usavam 14.000 hectares da área do Parque. Por inacreditável que possa ser o então IBDF, que precedeu ao IBAMA conseguiu, após muitas lutas e medidas corretas desocupar essa terra dentro do Parque Nacional, retirando sem traumas e com todas as medidas sociais necessárias as pessoas que viviam dentro do mesmo e os colocando junto com o INCRA no projeto agrícola OCOI, onde foram grandes produtores de soja e a mata da área ocupada voltou naturalmente após alguns anos e a tal ponto que não se percebe visualmente onde estão os 14.000 hectares que foram usados ali por agricultores.

O Parque Nacional do Iguaçu é a única amostra natural da região é um dos seus primeiros motores econômicos. São milhares de empregos que dependem do Parque e são centenas de milhões de dólares que ele gera direta e indiretamente. A prudência é o melhor conselho nesta situação. O Brasil não está preparado para arriscar seu Parque Nacional mais famoso, com outra estrada, mesmo que fosse unicamente de acesso.

Nos argumentos a favor da estrada se fala que os reclamos dos vizinhos afetados pela não existência da estrada têm passado por uma longa maturação. Hoje, eles estariam plenamente conscientes da importância de salvar essa pouca mata que subsiste na região e que, por isso, apenas pretendem canalizar seu interesse pelo turismo rural sustentável e potencializar as suas atividades agropecuárias de tipo orgânico. Pode ser, mas é necessário algo além de palavras como garantia. O que se sabe da atividade agropecuária atual dos interessados não sustenta essas declarações.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ANIVERSARIANTES DO DIA

TACILINHO
DARLAN
ISABELE
ÍTALO ZIDANE
MARIA E DUÉ (50 ANOS DE CASADOS)
RÔSE
AIAN
MARIQUINHA DE CHICO GAGO
VALDILENE
PC
JANUNCIO
DIASSIS
LÚCIA DE DEDÉ CARECA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ANIVERSARIANTES DO DIA

ALINE DE BREGEIRA
LOURDES
RITA DE JOSA
YANCA
VALDIR
FLORIANO
RAFAEL DE FOCA
IVONEIDE
TORÉ
JOENES ARAÚJO
LUCAS EMANUEL
ZILMARA

EITA RIO SOFREDOR....

 XIQUEIRO DE PORCOS AS MARGENS DO RIO PIRANHAS.
 ESGOTO SEM TRATAMENTO DIRETO PARA O LEITO DO PIRANHAS.

 MAIS ESGOTOS
DONA DE CASA LAVANDO ROUPAS.

CERCA CORTANDO O LEITO DO RIO, COMO SE ELE TIVEESE DONO.
O que estamos vendo agora é muito pouco diante do que o rio piranhas recebe todos os dias.
Ainda existe muita indústria textil trabalhando ilegalmente e jogando seus degetos nas á guas do piranhas, no mínimo são jogados 30.000 litors de água contendo: tinta, anelina, soda caústica, cloro, sabão e outros produtos que vem dos esgotos residenciais.
É lamentável o estado em que se encontra as águas que nos banha e que usamos para o consumo humano.

Fonte e fotos: Diassis Silva

ESTE É O SANEAMENTO DE JARDIM DE PIRANHAS.

 Quando se fala em saneamento, falamos do descaso que acontece em nossa cidade. a vários anos foi construída uma galeria denominada bueira, centenas de pessoas que ali moram sofrem com a fedentina e com a poluição.
Nunca se quer resolveram passar uma lagem e lacrar aquela galeria, para amenizar o sofrimento daquela gente, que dorme e acorda todos os dias com esse aroma desagradável, sem contar que todos estes canos que vocês estão vendo ligados para a galeria, jogam fezes humanas, produtos químicos e ainda por cima pessoas jogam animais mortos dentro da bueira.
Parece que o descaso é geral, o governo não faz nada para aliviar a situação, algumas pessoas mesmo prejudicadas, contribuem ainda mais para o deslecho e no final da história, só quem paga são os moradores e o rio piranhas que recebe toda esta poluição sem nenhum tipo de tratamento
 SINAL DE PRODUTO QUÍMICO NA ÁGUA ( TINTA )
 ESGOTO DE RESIDÊNCIA LIGADO PARA A BUEIRA
 LIXO E ESGOTOS RESIDENCIAIS
 CACHORRO MORTO JA EM ESTADO DE DECOMPOSIÇÃO
MORADORES CONVIVENDO COM A POLUIÇÃO.

Fotos: Diassis Silva
Fonte: Diassis Silva

Trabalho preserva caatinga nas obras de transposição do São Francisco

Biólogos lutam para preservar espécies vegetais na área de caatinga.
Grupo resgata amostras de plantas e sementes.

Do Globo Rural
O vai e vem dos caminhões e as máquinas não param, quilômetros de vegetação já foram desmatados desde que as obras da transposição começaram. Entre tantos operários, uma turma especial segue na linha de frente pela vida.
O grupo não mede esforços para realizar uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, que se estende por 402 quilômetros no eixo norte e 220 quilômetros no eixo leste.
A elaboração do inventário florístico e o resgate de espécies permitem o reconhecimento da flora na região degradada. Nada passa despercebido, sementes são coletadas, árvores medidas e amostras de flores são colhidas. Tudo é registrado com a ajuda de um GPS, aparelho que registra a localização exata de cada planta.
O trabalho começou em 2008 e conta com a participação de biólogos e estudantes dos cursos de ciências biológicas, zootecnia, agronomia e engenharia agrícola e ambiental. Trabalhadores rurais também fazem parte do projeto que tem como objetivo, conhecer e preservar o bioma caatinga.
Assista ao vídeo com a reportagem completa e saiba como funciona os estudos dentro da universidade.

ANP estima volume de vazamento no RJ entre 2.700 a 3.000 barris

Chevron deve ser multada ainda nesta segunda, diz presidente da agência.
Diretor-geral da ANP diz que foram identificadas 3 multas a serem aplicadas.

Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo
 
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Haroldo Lima, afirmou nesta segunda-feira (21) que a empresa Chevron pode ser notificada ainda nesta segunda pelo vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Norte Fluminense.
"Tudo indica que ainda hoje (21) vamos apresentar a primeira autuação ou três autuações à empresa", disse o diretor-geral da ANP.
Procurada pelo G1, a Chevron informou que o presidente da empresa, George Buck, concederá nesta tarde uma entrevista à imprensa, no Rio de Janeiro.
Segundo Lima, a ANP já identificou três possíveis multas a serem aplicadas à empresa, incluindo falhas de falta de equipamento para operação do plano de abandono do poço aprovada pela agência e falta de repasse de informações às autoridades governamentais.
No caso da falta de equipamento, o diretor explicou que a Chevron não possuía, no momento necessário, a máquina para efetuar o corte de uma coluna após a cimentação do poço. Em relação à falta de informações, a agência acredita que a Chevron não passou todas as informações que tinha sobre o acidente. Lima não esclareceu o motivo da terceira autuação.
"Não haverá autuação que tem que ser feita que não será feita. Seguramente, elas darão multas grandes, de alguns milhões e poucos", disse. "A multa máxima é de R$ 50 milhões [por autuação], que na minha opinião é pequena", destacou.
O diretor da ANP disse ainda que o volume do vazamento é estimado pela agência entre 2.700 a 3.000 barris. Para o cálculo, a agência estimou um vazamento médio diário de 330 barris, no pico do acidente.
"A gente acha que no pico da história, no dia 11, teria vazado alguma coisa em torno de 330 barris por dia. A nossa faixa [de estimativa] é de 200 a 400 barris por dia neste momento [pico]. E, no mais próximo, assim, 330. ..Tomando esses 330 como média, e botando uns oito dias, teremos assim, uns 2.700 a 3.00 barris que teriam vazado. É um vazamento significativo", destacou.
Vazamento é 'bem menor' que o do Golfo do MéxicoO presidente da ANP, contudo, destacou que o vazamento no Rio de Janeiro é bem menor do que o do Golfo do México, em 20 de abril de 2010, quando uma explosão destruiu a plataforma Deepwater Horizon, explorada pela britânica BP, provocando a morte de 11 pessoas e derramando 5 milhões de barris de petróleo nas águas do Golfo do México.
“Esse tipo de problema, relativamente a outros problemas, é bem menor. Hoje mesmo eu vi nos jornais algumas referências ao Golfo do México. (...) É acidente, é no petróleo, é tudo isso [assim como no Golfo do México]. Mas lá foi extremamente diferente, lá morreram 11 pessoas. Aqui foi uma área de cerca de 160 quilômetros quadrados, o máximo que nós calculamos, lá é uma área gigantesca”, afirmou.
O acidente com a BP provocou a maior 'maré negra' da história dos Estados. Devido à mancha de petróleo, mais de 1.700 km de regiões pantanosas e praias foram contaminadas, matando ao menos 6 mil pássaros, segundo o Conselho americano de Defesa dos Recursos Naturais dos EUA.

Vazamento é 'residual', mas ainda não está controlado
Dos 28 pontos de vazamento originais monitorados pela ANP, Lima disse que apenas um continua com "vazamento residual". Segundo ele, outros 9 pontos possuem apenas gotejamento, e não são considerados mais como vazamento.
"Do ponto de vista da ANP, controlado é só quando não tem mais nehuma gota", ressalvou Lima. "Com isso, ainda não está inteiramente controlado".
A Chevron diz que o vazamento está em fase residual, e que até a noite deste domingo já havia sido retirado 385 metros cúbicos de água com óleo.
Imagem do dia 11 de novembro mostra vazamento de petróleo em fissura no Campo de Frade, na Bacia de Campos (Foto: Divulgação/ANP)Imagem do dia 11 de novembro mostra vazamento no Campo de Frade (Foto: Divulgação/ANP)
Investigações
A Chevron também é investigada sobre as técnicas utilizadas para a remoção da mancha, que segundo denúncias, não seriam adequadas. Por meio de nota, a companhia informou que “as embarcações empregam métodos aprovados pelo governo brasileiro, que incluem barreiras de contenção, skimming e técnicas de lavagem, para controlar, recolher e reduzir a mancha. As embarcações já recolheram mais de 250 metros cúbicos de água oleosa proveniente da mancha. Os barcos não usam areia nem dispersantes para controlar a mancha”
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades da Chevron no vazamento. A empresa pode ser indiciada por crime ambiental duas vezes, caso fiquem comprovados a responsabilidade no vazamento de óleo e o uso de técnicas que agridem o meio ambiente, na remoção da mancha.
Na sexta-feira, o presidente da Chevron disse que que o vazamento foi provocado por um erro de cálculo. Segundo o executivo, a pressão do óleo no reservatório foi "subestimada".